Os atuais modelos acrobáticos são desenhados na procura do máximo desempenho. Assim sendo, a estrutura dos melhores modelos são projetadas para terem resistência e o mínimo de peso compatível com os esforços impostos pelas manobras. O equilíbrio entre peso e resistência, além de outros fatores, permite que sejam feitas manobras anteriormente consideradas impossíveis. Para que o conjunto que forma a máquina acrobática funcione perfeitamente e com segurança, é necessário além dos cuidados com o vôo em si, respeitando o envelope do aeromodelo, uma escolha criteriosa dos componentes e acessórios. A hélice é um destes componentes. Sua escolha para se conseguir máxima performance depende de vários fatores, mas para a saúde estrutural de qualquer modelo não há dúvidas; o seu balanceamento é fundamental. Um motor potente com uma hélice e/ou spinner desbalanceados fragilizam de tal forma principalmente os modelos para manobras 3D com suas estruturas projetadas como descrito acima, que trincas e rachaduras logo aparecem encurtando em muito a vida do modelo quando não acarretam falha estrutural sem aviso! Portanto vale a pena aqui repetirmos os procedimentos para o correto balanceamento das hélices (e spinners). O Balanceamento Correto O modelista coloca a hélice no balanceador e quando a hélice pára por duas ou três vezes na horizontal considera o balanceamento pronto. Não é o caso! Um interessante artigo de Jim Newman publicado na revista Model Airplane News chama a atenção para o fato que nesta condição a hélice está apenas 50% balanceada! Se uma hélice pára horizontalmente sempre com a mesma borda para baixo, esta borda está pesada. Antes de fazer o balanceamento, verifique a posição do furo. Este deverá estar exatamente centralizado. Verifique a distância do furo até as pontas das pás e seu alinhamento (ao girar a hélice suas pontas deverão passar exatamente sobre o mesmo ponto). Use o seguinte processo para balancear corretamente suas hélices: a) Marque uma linha longitudinal passando exatamente pelo centro da hélice. b) Faça 4 marcas (A, B, C e D) uma em cada quadrante. c) Coloque a hélice verticalmente no balanceador com a pá marcada A-C para cima. d) Se a pá A-C “cair” no sentido anti-horário, por exemplo, então a área do bordo de ataque A está pesada e deverá ser lixada com cuidado (fig. 1). Da mesma forma se “cair” no sentido horário, a área do bordo de fuga C é que está pesada, é ela que deverá ser lixada (fig. 2). Obs. Não lixe a face inferior da hélice, lixe suavemente a parte superior. e) Quando a hélice consistentemente parar na diagonal, como no caso ilustrado na fig. 3, a área do bordo de ataque D deverá ser lixada; no caso da fig.4 é a área do bordo de fuga B que está pesada. f) O balanceamento estará completo quando a hélice parar aleatoriamente em posições diferentes sempre que for movimentada. Finalizando o Procedimento Após feito o balanceamento na hélice de madeira é interessante selar com verniz a madeira exposta. Algumas poucas “passadas” com lixa fina restaura novamente o balanceamento. Com hélices de nylon reforçado o uso de um pano com polidor de metais retorna o brilho natural do material. Não se esqueça de também balancear o spinner usando o mesmo procedimento feito com a hélice; retirando cuidadosamente material da parte mais pesada no interior do spinner. Isto feito, você sentirá a diferença! O uso de um bom balanceador é essencial. A Diniz Esteves distribui o balanceador da DU-BRO (DUBR 499), que aceita todos os tamanhos de hélices usadas em modelismo e o balanceador magnético da TOP FLITE (TOPQ 5700). Uma base firme e perfeitamente plana deve ser utilizada principalmente para as hélices grandes. Autor: Site Diniz Estevez Enterprises |
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
O Balanceamento Correto das Hélices
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